THE OLD MAN AND THE SEA (O VELHO E O MAR). Rússia/Canadá/Japão, 1999. Direção de Aleksandr Petrov. Ganhador do Oscar em 2000 como melhor curta animado, a adaptação do clássico de Ernest Hemingway, "O Velho e o Mar" é uma obra prima do animador russo Alexander Petrov. O curta com pouco mais de 20 minutos de duração, demorou pouco mais de 2 anos para ser produzido, pois Petrov pintou a óleo e fotografou cada um dos 29 mil frames em quadros de vidro. Para quem não sabe, O Velho e o Mar foi o último livro de Hemingway publicado durante a sua vida e conta a história de um velho pescador que decide enfrentar o alto mar em busca de um peixe gigante.

quinta-feira, 26 de abril de 2012
O velho e o mar.
THE OLD MAN AND THE SEA (O VELHO E O MAR). Rússia/Canadá/Japão, 1999. Direção de Aleksandr Petrov. Ganhador do Oscar em 2000 como melhor curta animado, a adaptação do clássico de Ernest Hemingway, "O Velho e o Mar" é uma obra prima do animador russo Alexander Petrov. O curta com pouco mais de 20 minutos de duração, demorou pouco mais de 2 anos para ser produzido, pois Petrov pintou a óleo e fotografou cada um dos 29 mil frames em quadros de vidro. Para quem não sabe, O Velho e o Mar foi o último livro de Hemingway publicado durante a sua vida e conta a história de um velho pescador que decide enfrentar o alto mar em busca de um peixe gigante.
terça-feira, 24 de abril de 2012
Mulheres a bordo dão azar....
Mulheres a bordo dão azar....
Vários séculos atrás as viagens de navio levavam
vários meses e eram muito perigosas. Nessa época mulheres não eram bem-vindas
nos navios. Imagine-se homens rudes, frequentemente bêbados por vinho ou rum,
trancados num navio durante meses com uma mulher a bordo… não podia acabar bem.
O problema era como convencer os
marinheiros a não trazerem mulheres para bordo clandestinamente ou evitar que
ficassem entusiasmados com a presença de eventuais passageiras. Ao que parece
alguém teve a brilhante idéia de espalhar o boato de que mulheres em navios
davam azar. A origem da crença pode ter sido acidental e
não proposital, mas dá no mesmo: vem bem a calhar.
Dessa maneira
torna-se desnecessária uma fiscalização e controle da norma pois os próprios
marinheiros se encarregavam disso – tornava-se interesse deles.
É uma maneira eficiente de se utilizar da própria ignorância dos marinheiros, que são extremamente supersticiosos, sem perder tempo com explicações que provavelmente não serão compreendidas ou obedecidas.
É uma maneira eficiente de se utilizar da própria ignorância dos marinheiros, que são extremamente supersticiosos, sem perder tempo com explicações que provavelmente não serão compreendidas ou obedecidas.
Lançado o mote a imaginação é extremamente fértil e
rapidamente correm várias ideias sobre o assunto entre as tripulações. A
principal seria que elas iriam levar os homens á loucura.
Os deuses, então revoltados com esse efeito sobre os homens,
mostrariam a sua ira com fortes tempestades. No caso de as mulheres a bordo, a
única forma de apaziguar os deuses seria lançar as mulheres ao mar ou mandar
tirar a roupa, nada mal esta ultima.....
Uma das razões para vermos corpos e bustos de mulheres com
os seios nus como figuras de proa ou carrancas, entre os séculos XV até ao IXX,
era com o objectivo de envergonhar os mares com a nudez destas figuras, que por
outro lado, em silêncio, tinham os olhos bem atentos para manter a embarcação
na sua rota.
No entanto, as mulheres não se ficaram e há relatos de
muitas que se disfarçavam de homens como sendo a única forma de entrarem a
bordo. Conta-se que alguns dos temíveis piratas eram realmente mulheres!
Por ironia, este dito de que as mulheres a bordo são má
sorte, teve outro revés.
Por volta de 1700, no sentido de melhorar a qualidade de
vida dos comandantes, estes foram autorizados a embarcar com as suas
esposas. Com o tempo veio-se a verificar
que muitas vezes elas foram consideradas melhores navegadores que os homens,
sem terem de se disfarçarem!
Uma das primeiras notáveis na história marítima foi Mary
Patten. Mary embarcou com o marido, o comandante Joshua A. Patten (26 anos de
idade), a bordo do navio Neptune’s Car, em Julho de 1856, San Francisco.
O Neptune’s Car era um gigante de 66 metros, 1.616
toneladas, muito rápido. O tamanho e velocidade eram muito importantes pela
grande e agressiva concorrência entre veleiros.
Perto de Cape Town uma doença do marido fez com que ela, com
os seus 20 anos, assumisse o comando da embarcação, enfrentando a revolta da
tripulação, não impediu que numa viagem de 136 dias levasse a embarcação a bom
porto de onde tinham partido.
Durante a viagem, Mary, estudou os livros de medicina de bordo
e conseguiu salvar o marido!
Naturalmente que faz muito tempo que as mulheres assumiram a
sua posição de destaque na náutica dos dias de hoje. Quer na marinha mercante
quer na competição, nomeadamente na vela, por equipes e em solitário.
Para finalizar duas notas, agradecer ao nosso querido
comandante Chamussinha a dica do tema e voltar á questão das superstições dos
marinheiros com uma listagem de algumas delas.
- Derramar vinho no deck vai trazer sorte numa viagem longa
(homenagem aos deuses);
- Malas pretas são má sorte de um marinheiro;
- Falar com pessoas de cabelos vermelhos antes de uma
viagem, dá azar;
- Desastre se seguirá se entrar com o pé esquerdo a bordo;
- Não atirar pedras ao mar (ele responde com tempestades e
grandes ondas);
- Mulher nua a bordo vai acalmar o mar J;
- Não se deve iniciar uma viagem a uma sexta-feira (foi numa
sexta que Cristo foi crucificado);
- Não se deve iniciar uma viagem na primeira segunda-feira
de Abril (é o dia que Caim matou Abel);
- Não se deve iniciar
uma viagem na segunda segunda-feira de Agosto (é o dia em que Sodoma e Gomorra
foram destruídas);
- Não se deve iniciar uma viagem a 31 de Dezembro (data que
Judas se enforcou);
- Flores são azar a bordo (por causa do serviço fúnebre);
- Gato preto, sinal de boa sorte;
- Não poder mencionar a palavra “coelho” a bordo (em
especial para o ZAP);
- Não olhar para trás depois do navio ter deixado o porto,
pode trazer má sorte;
- Andorinhas vistas no mar são bom agouro;
- Golfinhos nadando junto ao barco são bom agouro (matar um,
muito má sorte...);
- Matar um albatroz ou uma gaivota trás muito má sorte
(estas aves contém as almas de marinheiros perdidos no mar);
- Entregar uma
bandeira através dos degraus de uma escada, é má sorte;
- Perder um esfregão ou balde no mar, é má sorte;
- Cortar o cabelo e unhas e atirá-las ao mar, é má sorte
(estes foram usados como oferendas a Perséfone, Neptuno fica ciumento com estas
oferendas feitas ao mesmo tempo no seu reino);
- Sinos de igrejas ouvidos no mar quer
dizer que alguém a bordo vai morrer;
- Roupas de um marinheiro não são
usadas por outro marinheiro na mesma viagem, infortúnios caíram sobre a
embarcação inteira;
-
etc etc etc etc
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